Ouro, Prata e Cobre:
Os primeiros metais utilizados na
cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego desses metais se impôs,
não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas
também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os
sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a
existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isso
levou à crença no poder mágico desses metais e no dos objetos com eles
confeccionados.
A cunhagem de moedas em ouro e
prata se manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu
valor intrínseco, isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua
confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de
ouro, era trocada por mercadorias deste mesmo valor.
Durante muitos séculos os países
cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para
os valores menores. Esses sistemas se mantiveram até o final do século 19,
quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser
muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto
é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
Com a novidade do papel-moeda a
cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários
para troco. Dentro desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade
mais necessária à moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas,
produzidas para suportar a alta rotatividade do numerário de troco.
Moeda de Papel:
Na Idade Média, surgiu o costume
de se guardar os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e
prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos
passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e
dando origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes
de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil,
em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os
cheques.
Com o tempo, da mesma forma
ocorrida com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas,
controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento. Atualmente quase
todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das emissões de
cédulas e moedas.
A moeda de papel evoluiu quanto à
técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas utiliza papel
especialmente preparado e diversos processos de impressão que se complementam,
dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade.
Formatos Diversos:
O dinheiro variou muito, em seu
aspecto físico, ao longo dos séculos.
As moedas já se apresentaram em
tamanhos ínfimos, como o Stater, que circulou em Aradus, Fenícia, atingindo
também grandes dimensões como as do Dáler, peça de cobre na Suécia, no século
XVII.
Embora, hoje, a forma circular
seja adotada em quase todo o mundo, já existiram moedas ovais, quadradas,
poligonais etc. Foram também cunhadas em materiais não metálicos diversos, como
madeira, couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam na Alemanha,
quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise econômica. As
cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido
horizontal, observando-se, no entanto, grande variedade de tamanhos. Existem,
ainda, cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical.
As cédulas retratam a cultura do
país emissor e nelas podem-se observar motivos característicos muito
interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora, monumentos de
arquitetura antiga e contemporânea, líderes políticos, cenas históricas e
outras. As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial
do país, embora em muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em
outros idiomas. Essas inscrições, quase sempre em inglês, visam dar à peça
leitura para maior número de pessoas.