No mercado competitivo de hoje, produzir e vender bem não é
mais suficiente, há necessidade de controlar com segurança as finanças do
empreendimento. Isso demanda uma metodologia capaz de gerar informações de
qualidade e em tempo hábil para as tomadas de decisão. De conteúdo altamente
prático, o planejamento financeiro fornece aos interessados um conjunto
homogêneo de conhecimentos que se mostra tão importante quanto decisivo para o
melhoramento do desempenho financeiro das empresas.
O planejamento financeiro, através de um
conjunto de ações, controles e procedimentos, possibilita, entre outras coisas,
montar um orçamento, acompanhar as contas, saber se há sobra ou falta de
recursos, tomar providências para nivelar o orçamento, no caso de falta, fazer
investimentos, no caso de sobra de recursos.
Em resumo, um planejamento financeiro bem feito
é indispensável à vida das pessoas e das empresas porque possibilita saber, com
antecedência, que caminhos estão sendo trilhados, visando maximizar os
resultados econômico-financeiros. Isso trás tranquilidade e menos estresse à
vida das pessoas.
O planejamento
financeiro tem no orçamento doméstico seu instrumento estratégico, um guia para
ação. Ele é a ferramenta econômico-financeira necessária para indivíduos e
famílias (de todos os níveis de renda) gerirem receitas e gastos, controlar
dívidas, elaborar planos para a conquista de sonhos familiarmente desejados.
Este orçamento é a chave para orientar o consumo dentro das
possibilidades de cada família, conhecer a natureza e prever a evolução dos
gastos domésticos e, consequentemente, gastar menos do que se ganha. A
adequada, correta gestão do orçamento familiar ajuda assegurar o pagamento das
contas no vencimento, dispor de fundos para cobrir gastos emergenciais e,
ainda, alcançar as metas financeiras desejadas e programadas.
É fundamental a participação de toda a família na elaboração e
gestão do orçamento, pois, dá a extensão do envolvimento e do comprometimento
de cada um. Nesse aspecto, considerações sobre permanência no emprego,
condições de saúde dos membros da família, objetivos no horizonte do tempo
(férias, viagens, investimentos etc.) devem estar presentes no momento da sua
(periódica) formulação e revisão para assegurar e garantir seus fundamentos.
A elaboração do orçamento doméstico é, normalmente, feita em três
etapas. A primeira parte da peça refere-se ao calculo das receitas que a
família (ou o individuo) recebe e que corresponde às “entradas”, montante da
renda familiar que define seu poder de consumo. É importante observar que
“entram” na planilha somente aqueles valores que podem ser, efetivamente,
considerados recebíveis. Não vale colocar ali a comissão que “será” recebida
caso algum negócio em andamento seja realizado ou o ganho por um trabalho, cuja
proposta ainda está em discussão. Da mesma maneira, não faz sentido constar do
item “receitas” os limites dos cartões de crédito ou dos cheques especiais.
A listagem dos gastos vem em seguida e constitui a segunda etapa do
trabalho de planejamento financeiro e elaboração do orçamentação familiar. Por
razões unicamente metodológicas, convém agrupar ou classificar os gastos em
fixos (aluguel, condomínio, empregada, impostos, clube, seguro saúde) e
variáveis (transporte/combustível, alimentação, água, luz, telefone). Deve-se
levar em conta a existência de gastos semi variáveis e as chamadas ”despesas
invisíveis”, pequenos gastos que, somados, podem fazer diferença.
A terceira e estratégica etapa da elaboração do orçamento familiar é
a da verificação da diferença existente entre as “entradas” e as “saídas”, cujo
propósito é avaliar a real situação e estabelecer as maneiras de enfrentá-la,
seja ela favorável ou adversa.
Elaborado o planejamento, começa a gestão orçamentária, que consiste
no acompanhamento temporal e no controle da execução daquilo que ficou acordado
e programado. De nada adianta um bom planejamento financeiro se ele não é
obedecido no dia-a-dia. Aqui assume extraordinária importância o chamado
consumo consciente, hábito que reflete os valores da cidadania.
Por
fim, é importante ressaltar que o planejamento financeiro está no começo de
tudo. Do casal que recém começa a vida a dois, da criança que passa a receber
sua mesada e precisa saber como controlá-la, de quem está esperando o primeiro
filho e precisa preparar-se orçamentária e financeiramente pelo menos com um
ano de antecedência, do aposentado que precisa (aprender) a viver com
rendimentos limitados. E assim por diante.
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