Doar,
compartilhar, alugar e trocar são os verbos do chamado consumo colaborativo.
Surgido no final de 2008 nos EUA, o conceito do doe ou venda o velho para
abrir espaço para o novo começou a ganhar força em tempos de crise.
As americanas foram para seus guarda-roupas e acharam verdadeiras poupanças e,
a partir daí, os brechós e as feiras de trocas aumentaram e diversos sites
começaram a surgir para facilitar esse tipo de consumo.
No
Brasil, apesar do surgimento tardio, o movimento está ganhando cada vez mais
adeptos. Os jovens, e os brasileiros se incluem aí, já nasceram conectados e
querendo ganhar dinheiro sem afetar a vida de outras pessoas. Eles estão mais
conscientes, têm ideais e usam as plataformas de internet para gerar mobilização
e novas tendências.
Além de ser uma
prática sustentável - na qual há estímulo de usar menos energia e menos
matéria-prima para produzir um estoque enorme de produtos – o consumo
colaborativo está em alta por algumas razões, o fator mais importante é a
economia. Em vez de você pagar caro por um produto novo, pode ter acesso a algo
semelhante por um valor muito menor.
O Consumo
Colaborativo é uma transformação cultural. Após a Segunda Guerra Mundial até os
dias de hoje, uma cultura de hiperconsumo tem sido promovida como uma
opção possível para sociedades modernas. Isso criou a abundância que temos
hoje, então em certa medida foi bom para o ser humano. Mas o modelo atingiu seu limite, por isso
estamos avançando em direção à economia onde ser inteligente para utilizar tudo
o que temos à nossa volta está começando a ser percebido como algo normal,
portanto é uma mudança cultural na forma como as pessoas suprem suas necessidades
de produtos e serviços.
Em geral, antes
havia uma única opção: comprar o novo usando a moeda oficial. Com a economia e
o consumo colaborativo, existe uma variedade de opções à nossa frente, todas no
mesmo “patamar”. Além disso, as pessoas estão fazendo coisas – como a
Wikipedia, que os economistas consideravam impossíveis Mas a prática demonstrou que este
– o modelo compartilhado, aberto – é um modo muito mais eficiente de produzir.
Ser
capaz de gerar confiança e também confiar em outras pessoas tem sido e vai ser
a habilidade ainda mais necessária neste novo modelo de aquisição de produtos e
serviços. A tecnologia fornece ferramentas suficientes para que isso aconteça
através de interações e contatos na internet.
É
o escambo da era digital, impulsionado por websites, redes sociais e
aplicativos em dispositivos móveis. As possibilidades oferecidas pelas
plataformas de consumo colaborativo são as mais interessantes e inusitadas. É
possível participar de clubes de aluguel de bolsas de grife, compartilhar táxis
e caronas, trocar livros, DVD’s e jogos, pedir emprestado uma furadeira ou
liquidificador e até se hospedar de graça na casa de gente do mundo todo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, deixe seu comentário. Depois de moderado e verificado, a publicação será validada. Obrigada, Andréa.