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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Consumo Colaborativo

Doar, compartilhar, alugar e trocar são os verbos do chamado consumo colaborativo. Surgido no final de 2008 nos EUA, o conceito do doe ou venda o velho para abrir espaço para o novo começou a ganhar força em tempos de crise. As americanas foram para seus guarda-roupas e acharam verdadeiras poupanças e, a partir daí, os brechós e as feiras de trocas aumentaram e diversos sites começaram a surgir para facilitar esse tipo de consumo. 
No Brasil, apesar do surgimento tardio, o movimento está ganhando cada vez mais adeptos. Os jovens, e os brasileiros se incluem aí, já nasceram conectados e querendo ganhar dinheiro sem afetar a vida de outras pessoas. Eles estão mais conscientes, têm ideais e usam as plataformas de internet para gerar mobilização e novas tendências.
Além de ser uma prática sustentável - na qual há estímulo de usar menos energia e menos matéria-prima para produzir um estoque enorme de produtos – o consumo colaborativo está em alta por algumas razões, o fator mais importante é a economia. Em vez de você pagar caro por um produto novo, pode ter acesso a algo semelhante por um valor muito menor.
O Consumo Colaborativo é uma transformação cultural. Após a Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje, uma cultura de hiperconsumo tem sido promovida como uma opção possível para sociedades modernas. Isso criou a abundância que temos hoje, então em certa medida foi bom para o ser humano.  Mas o modelo atingiu seu limite, por isso estamos avançando em direção à economia onde ser inteligente para utilizar tudo o que temos à nossa volta está começando a ser percebido como algo normal, portanto é uma mudança cultural na forma como as pessoas suprem suas necessidades de produtos e serviços.
Em geral, antes havia uma única opção: comprar o novo usando a moeda oficial. Com a economia e o consumo colaborativo, existe uma variedade de opções à nossa frente, todas no mesmo “patamar”. Além disso, as pessoas estão fazendo coisas – como a Wikipedia, que os economistas consideravam  impossíveis Mas a prática demonstrou que este – o modelo compartilhado, aberto – é um modo muito mais eficiente de produzir.
Ser capaz de gerar confiança e também confiar em outras pessoas tem sido e vai ser a habilidade ainda mais necessária neste novo modelo de aquisição de produtos e serviços. A tecnologia fornece ferramentas suficientes para que isso aconteça através de interações e contatos na internet.

É o escambo da era digital, impulsionado por websites, redes sociais e aplicativos em dispositivos móveis. As possibilidades oferecidas pelas plataformas de consumo colaborativo são as mais interessantes e inusitadas. É possível participar de clubes de aluguel de bolsas de grife, compartilhar táxis e caronas, trocar livros, DVD’s e jogos, pedir emprestado uma furadeira ou liquidificador e até se hospedar de graça na casa de gente do mundo todo!

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