EVOLUÇÃO E PALEONTOLOGIA
Desde o surgimento da vida, modificações têm originado espécies diferentes, e enquanto muitas continuam existindo até os dias de hoje, outras foram extintas. Para a elaboração do presente trabalho, foram pesquisadas as Teorias a respeito do surgimento da vida na Terra, e a Escala Evolutiva dos Seres Vivos, com ênfase à evolução dos Primatas enquanto Vertebrados, Incluindo a visão da Paleontologia sobre o tema estudado.
A Paleontologia é a ciência que estuda evidências da vida pré-histórica preservadas nas rochas, elucidando não apenas o significado evolutivo e temporal, mas também a aplicação na busca de bens minerais e energéticos. Nas últimas décadas, a Paleontologia tem passado por uma verdadeira revolução científica, devido, em parte, à grande popularidade de filmes e documentários sobre os mais intrigantes dos seres pré-históricos, os dinossauros, pterossauros e outros répteis associados, todos extintos, mas também em função de novas maneiras de se investigar os fósseis no campo e de estudar o passado da vida em laboratório. A Paleontologia desempenha um papel importante nos dias de hoje, não podendo mais ser encarada como uma ciência hermética, restrita aos cientistas e universidades, já que todos interessam pela história da Terra e de seus habitantes durante o passado geológico, para conhecerem melhor suas origens.
Há dois grupos principais de organismos que poderiam, segundo teorias a serem estudadas no presente trabalho, ter sido os primeiros habitantes do Planeta Terra: seres autótrofos quimiossintetizadores, que apresentavam a possibilidade de sobreviver em lugares considerados inóspitos e aptos a sobreviver sob altíssimas temperaturas; e, os seres autótrofos fotossintetizadores, os quais apresentavam moléculas de clorofila e, a partir dela utilizar a luz solar para produção de seu alimento (BORTOLOZZO, 2002).
A Paleontologia desempenha um papel importante nos dias de hoje. Não pode mais ser encarada como uma ciência hermética, restrita aos cientistas e universidades, já que todos se interessam pela história da Terra e de seus habitantes durante o passado geológico, para conhecerem melhor suas origens (CASSAB, 2004).
A Paleontologia é estudada através de duas vertentes principais: a) Descritiva, objetivando a identificação, reconstituição e relações filogenéticas dos fósseis, com o objetivo de estabelecer as correlações cronoestratigráficas e interpretações paleoambientais, e b) Paleobiologia, dando ênfase à identificação das leis que atuaram em ocorrências como a origem da vida, formação e estruturação da biosfera, fenômenos de extinção e o estudo da influência dos paleoambientes na evolução dos organismos (HOFFMAN, 1990).
Entre os primatas, a família mais próxima do ser humano é a dos Pongídeos, representada pelo chimpanzé, pelo gorila e pelo orangotango. Análises do material genético destes animais indicam que os chimpanzés são nossos parentes mais próximos. Isso não quer dizer que o ser humano tenha surgido dos chimpanzés ou de outros macacos atuais. Supõe-se que, há cerca de 5 milhões de anos, nossa família, a dos Hominídeos, se separou da família dos Pongídeos. Portanto, o ser humano e o chimpanzé devem descender de um mesmo ancestral, um primata que desapareceu. A partir de então, a espécie humana evoluiu separadamente da família dos macacos, e ambas se adaptaram a modos de vida diferentes (GEWANDSZNAJDER, 2010).
O ser humano compartilha com os outros primatas uma série de características que representam adaptações à vida nas árvores, o ambiente onde a maioria deles vive. Algumas dessas características são: articulações flexíveis nos ombros e nas mãos; dedos longos e flexíveis, com unhas ao invés de garras; polegar em oposição aos outros dedos, que permitem que as mãos se agarrem aos galhos e segurem objetos variados; visão com boa noção de profundidade; cérebro bem desenvolvido (GEWANDSZNAJDER, 2010).
Ao lado das semelhanças há muitas diferenças entre os seres humanos e os demais primatas. Uma delas é nossa capacidade de caminhar habitualmente sobre dois pés, enquanto os gorilas, os chimpanzés e os outros símios só conseguem andar dessa forma de vez em quando e por pouco tempo. Esse fato caracteriza nossa postura ereta. A espécie humana possui bem menos pêlos no corpo que os outros primatas. Outra diferença é o desenvolvimento do cérebro: na espécie humana, o volume cerebral varia, em geral, de 1 a 1,6 litros; no chimpanzé, o volume cerebral atinge, no máximo, ½ litro e, no gorila, ¾ de litro.
Uma das explicações para a postura ereta é a hipótese de que o grupo de primatas que originou a espécie humana teria abandonado as florestas e ido viver nos campos e savanas da África. A postura ereta pode ter facilitado a corrida nas savanas, além de ter deixado as mãos livres para manipular e carregar objetos e comida. Em 1924, na África do Sul, o pesquisador australiano Raymond Dart descobriu um crânio com tamanho intermediário entre o dos humanos e o dos chimpanzés. O fóssil foi chamado de australopiteco (gênero Australopithecus). A partir de então, muitos fósseis foram descobertos como sendo do gênero australopiteco. Os mais antigos têm mais de 4 milhões de anos de idade. Estudando os ossos da bacia e da perna desses fósseis, percebe-se que são mais semelhantes aos ossos dos humanos do que dos ossos dos macacos atuais. Os ossos indicam também que todos tinham postura ereta, nos trazendo a possibilidade de que há 4 milhões de anos já existiam primatas que andavam sobre duas pernas (LOPES, 2005).
REFERÊNCIAS:
•BORTOLOZZO, S., MALUHY, S. Link da Ciência, 1 ed., Moderna, São Paulo. 2002.
•CASSAB, R.C.T.. 2004. Objetivos e Princípios. In: Carvalho, I.S.. (ed). Paleontologia. Vol 1. Rio de Janeiro: Interciência – cap 1, p. 3-11.
•GEWANDSZNAJDER, F. Ciências – A vida na Terra, 3 ed., Ática, São Paulo. 2010.
•HOFFMAN, A.. 1990. The past decade and the future. In: BRIGGS, D.E.G.; CROWTHER, P.R. (eds.). Palaeobiology: A Synthesis. Cambridge: Blackwell Scientific Publications. Cap. 6.5.4, p. 550-555.
•LOPES, S., ROSSO, S., Biologia – Volume Único, 1 ed., Saraiva, São Paulo. 2007.